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Borandá

Fernando Grecco

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Fernando Grecco se reinventa em “Repente da Palavra”

Idealizador do selo e produtora Borandá apresenta canções autorais em
seu primeiro EP

Fernando Grecco ficou conhecido no meio musical brasileiro por ter criado, em 2009,
o selo Borandá. Essa iniciativa deu vida a novas obras de artistas importantes da
MPB e da música instrumental brasileira, como Chico Saraiva, Verônica Ferriani,
Marcelo Pretto, Swami Jr., Ná Ozzetti, Antonio Loureiro, Dani Gurgel, Toninho
Ferragutti, Bebê Kramer, Alexandre Ribeiro entre outros. O que poucos sabiam é
que, no fundo do peito de Grecco, sempre bateu uma profunda vontade de tocar e
compor. Essa pulsação artística se materializará no dia 24 de maio de 2017, quando
será lançado, em plataformas digitais, e em versão física, o EP “Repente da
Palavra”, com quatro canções autorais.
 

“A partir do EP, meu desejo é trilhar o caminho como “cantautor”, músico e
produtor musical. Até posso fazer produção executiva, mas meu objetivo agora é a
música”, afirma o artista, que deixou o dia a dia do selo para se dedicar à sua
produção artística. O lançamento do EP acontece nas plataformas digitais, e também
como CD físico, que traz na capa a xilogravura “O Diálogo” (1988), de Gilvan
Samico (1928-2013).
 

O EP “Repente da Palavra” nasceu com a urgência do agora. “Presente” é, aliás,
uma das músicas do trabalho, a primeira que surgiu nessa nova fase do artista. “Por
que não viver o agora / se já sabemos o fim? / Abro a porta e salto fora / Meu
presente espera por mim!” Até o fim deste ano, o EP se transformará em CD, com a
gravação de novas músicas, que estão em processo de composição. “Eu quis fazer o
EP porque esse meu lado artístico já estava represado há muito tempo, e senti uma
urgência de produzir estas primeiras canções. E a vida é hoje, pois o amanhã eu não
sei”, explica.
 

Com primazia pela palavra, significado e rima, não é exagero afirmar que as quatro
primeiras canções dessa nova fase de Grecco fazem jus ao selo que ele idealizou.
Não é à toa que muitos dos que transitam pelo universo da Borandá participam da
obra, como o contrabaixista Marcelo Mariano, o baterista Thiago “Big” Rabello, o
pianista Guilherme Ribeiro e o multi-instrumentista Antonio Loureiro. O músico e
engenheiro de áudio Bernardo Goys, que também fez a mixagem, divide com
Grecco a produção musical. “Eu sempre tive uma base de comparação muito alta,
de artistas como os que tive o prazer e a honra de trabalhar na Borandá, e de
minhas influências musicais. Mas mesmo admirando todos eles, quero fazer
canções que tenham a ver comigo. Acredito ter conseguido encontrar um caminho”,
diz o músico.
 

Nascido em 1969, em São Paulo, o músico cresceu na década de 1970 ouvindo o
melhor da MPB em programas de rádio e televisão. Apesar de avaliar que a sua
família não tinha uma veia musical muito intensa, Grecco tem boas lembranças da
avó tocando sanfona e de sua mãe, que dedilhava músicas engraçadas no violão.
Este, aliás, foi o seu primeiro instrumento. Mas ele começou a estudar música aos
15 anos, quando, fascinado por bandas de heavy metal como Iron Maiden e Black
Sabbath, começou a tocar guitarra. Ele chegou a se apresentar no festival do
colégio, cantando músicas deste estilo.
 

Mas, aos 17 anos, entrou para a faculdade de Engenharia Elétrica, deixando a
música em um mundo paralelo. Na faculdade, teve contato com o rock progressivo,
o jazz e a música erudita, ampliando seu gosto musical. Chegou a criar uma banda
para tocar sons do grupo canadense Rush e até formou um trio de música
instrumental, do qual participava o baterista e percussionista Beto Angerosa.
Seguiu, no entanto, a carreira de executivo na área de informática, e depois
atuando na área de Marketing, onde podia usar um pouco de seu veio criativo, que
foi fundamental na idealização da Borandá.


Após a criação do selo, o seu ímpeto artístico retomou fôlego. Montou o grupo
Zanzibar, que fazia versões instrumentais para canções de Edu Lobo, voltou a ter
aulas de canto, realizou uma pós-graduação em Canção Popular pela Faculdade
Santa Marcelina e começou a escrever poemas com maior liberdade. Após iniciar
sessões de psicanálise, assunto que instigou sua percepção sobre a realidade,
Grecco abriu ainda mais os sentidos. “Eu achava que era preciso algum dom para
escrever. Quando comecei a psicanálise, li muita coisa e percebi uma outra
dimensão da palavra.”

 

Com a ajuda de Marcelo Segreto, da Filarmônica de Pasárgada, com quem teve
algumas aulas específicas sobre a criação cancional, Grecco conseguiu amadurecer
suas ideias musicais, dando vida a canções como a própria “Repente da Palavra”,
um baião-rock sobre como o homem cria suas realidades e fantasias por meio da
comunicação. “Tanto faz, amor”, canção que abre o EP, nasceu de leituras que fez
do livro “Amor Líquido”, do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. “Bonde do
Desejo”, que fecha o trabalho, é um funk dançante com influências de Mutantes,
Wando e da peça/filme “Um Bonde Chamado Desejo”, de Tennessee Williams. E,
assim como diz essa faixa, o desejo de Grecco é encontrar público para seu
trabalho“Eu quero que gostem de minha música, claro,ser “querido”. mas, como diz
a canção, “Quero que você me queira, mas se não quiser, que se há de fazer?”

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