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Ricardo Herz e Antonio Loureiro

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Um raro e emocionante encontro de violino e vibrafone

Duo Ricardo Herz - Antonio Loureiro estreia em disco

 
Não é o tipo de parceria que se ouve facilmente por aí, seja no Brasil ou no exterior. Basta uma rápida procura nas discotecas ou mesmo nos arquivos digitais da internet para descobrir que o dueto de violino e vibrafone promovido pelo paulistanos Ricardo Herz e Antonio Loureiro no álbum “Herz & Loureiro” (Borandá, 2014) é um trabalho raro no mundo da música.
 
O ineditismo do encontro, no entanto, é apenas uma das características desse disco, que se destaca por uma sonoridade intimista e impactante, com riqueza de timbres, execução bem apurada e arranjos que, ao mesmo tempo, conduzem o diálogo dos instrumentos e dão liberdade para os solos improvisados.
 
“O som do violino encontrando o som do vibrafone é algo que emociona, que toca o coração e te faz sentir a música”, sintetiza Herz. “São sonoridades impressionantes e mágicas, e esperamos que mais e mais gente possa ouvir essa combinação maravilhosa.”
 
Os músicos se conheceram em São Paulo, mas a parceria começou em Paris, onde Herz viveu por um longo período. Na sua volta ao Brasil, em 2010, o duo teve início efetivamente, com ensaios regulares e apresentações. 
 
A primeira música adaptada para a formação foi “Cego Aderaldo” (Egberto Gismonti). Por se tratar de um projeto de instrumentistas-compositores, eles logo aproveitaram para inserir o trabalho autoral de ambos. Além de rearranjar temas já existentes, como "Mosquito", "Quinem quiabo" (as duas de Antonio Loureiro) e "Saci" (Ricardo Herz), outras músicas foram surgindo à medida que o duo se desenvolvia, a exemplo de "Por cima da barra", composta a quatro mãos.
 
Em seguida, eles receberam de presente da flautista Léa Freire uma composição escrita especialmente para a dupla, "Sambito". Para arrematar e dar um toque ainda mais brasileiro ao repertório, Herz e Loureiro prepararam um arranjo para "Baião de Lacan" (Guinga/Aldir Blanc), faixa escolhida para abrir o disco.
 
O alto padrão da performance é garantido pela sólida formação musical que os músicos ostentam. Antonio Loureiro é graduado em percussão na Universidade Federal de Minas Gerais, com especialização em teclados de percussão. Foi integrante das bandas A Outra Cidade e Ramo, além de ter tocado com nomes como Toninho Horta, Chico Amaral e Flávio Henrique. Seu trabalho autoral já rendeu dois álbuns solo: “Antonio Loureiro” (2010) e “Só” (2012).
 
Ricardo Herz, por sua vez, é formado em violino pela Universidade de São Paulo, tendo sido integrante da Orquestra Experimental de Repertório e da Orquestra Jazz Sinfônica. Também estudou na Berklee College of Music (EUA) e no Centre des Musiques Didier Lockwood (França). Possui quatro discos lançados, entre eles, “Aqui é o meu lá” (2012), o mais recente, gravado na companhia de seu trio.
 
“De certa forma, me sinto passeando novamente pelo universo erudito, depois de tanta dedicação a linguagem popular. Busco os elementos complementares”, comenta o Herz, que há mais de quinze anos dedica-se ao desenvolvimento do violino na música popular brasileira e no jazz. “A essência da técnica dos nossos instrumentos vem da escola erudita, mas o trabalho do duo é mais livre, não se prende ao que está escrito”, completa Loureiro.
 
O vibrafonista, aliás, não aprecia muito rótulos e classificações. “Não gosto muito de diferenciar o que é popular e o que é erudito porque, para mim, é tudo música,” resume.
 
Outro destaque do CD é a qualidade do registro sonoro. Quem assina direção de gravação, captação, mixagem e masterização é André Mehmari. “Além de músico e compositor excepcional, ele é um grande engenheiro de som – e pouca gente sabe disso”, elogia Herz. 
 
Em texto no encarte do álbum, Mehmari escreve que também se surpreendeu com a proposta de unir violino e vibrafone. “Improvável, ousado, novo, inusitado, estranho até”, pensou num primeiro momento, para depois se deliciar com o “mágico amálgama das generosas sonoridades cores resultantes do abraço feliz de dois inspirados artistas”.
 
Esse mesmo encantamento domina os próprios músicos. “O resultado é tão harmonioso que surpreende a nós mesmos”, comenta Loureiro. O ouvinte há de experimentar a mesma sensação.

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